sábado, 21 de janeiro de 2017

Os seres humanos criaram sistemas simbólicos com a intenção de entrar em contato com a divindade.



Nosso corpo fala por si mesmo. Nosso corpo é uma palavra. Ele é uma janela de muitas expressões. Dois apaixonados não têm palavras, mas têm corpo. A criança tem um corpo que fala. Antes das palavras faladas já fala pelo corpo sem palavras. E tanto os apaixonados como o filho e a mãe se entendem muito bem pelos olhos e pelos gestos.

A filosofia atual diz que não somos alma nem corpo, somos isso tudo junto num só elemento. A essas palavras que o nosso corpo exprime sem falar nós chamamos de símbolos. O corpo humano serve para expressar disposições religiosas: adoração, penitência, petição, pedido de perdão, o que se faz por olhares, movimentos do corpo, de cabeça, das mãos, dos pés, e pelas posições do corpo.

Nas religiões, o corpo está subordinado ao simbolismo e serve para criar símbolos religiosos. o corpo está instrumentalizado. tal instrumentalização varia de acordo com as várias religiões. Há religiões mais expressivas e mais exigentes com relação ao corpo e outras mais moderadas e discretas.

Abrindo os evangelhos, descobrimos que Jesus não criou nenhum sistema simbólico. Pelo contrário, o maior símbolo da fé do Antigo Testamento era o Templo e a Lei. 

E ele foi contra esses dois símbolos maiores que ele encontrou. Ele combateu o simbolismo do Templo e tudo que em nome dele se fazia, como franjas, roupas largas, animais e sangue imolados, jejuns. Mas em vez disso apontou para as necessidades corporais dos pobres do seu povo.

Para Jesus, o encontro com Deus é feito na prática do amor, da misericórdia e do serviço. Amor e serviço referem-se a necessidades materiais e esperam respostas materiais. Encontrar-se com Deus é dar de comer ao faminto, água ao sedento, saúde aos doentes, visitar presos, acolher os excluídos, defender os humilhados.

Assim, enquanto há uma tendência a usar o corpo na relação com Deus dando ênfase na fase do simbólico sem olhar à realidade sofrida do mundo, a tendência de Jesus foi o contrário: Para Jesus o corpo foi tomado no sentido material, vale dizer o corpo que come e bebe, que trabalha, caminha, ajuda, visita, levanta, serve. Jesus não o usa para criar símbolos. Até mesmo em relação aos milagres sabemos hoje em dia que a narração dos milagres foi influenciada, cinquenta anos depois do acontecido pela imaginação religiosa daquele mundo.

Por isso Jesus não usa nenhum aparelho simbólico que teria sentido religioso: não usava roupas especiais, não se pintava, não tinha tatuagens, e nem se vestia como os sacerdotes, não propunha  posições corporais nem gestos simbólicos.

Noutras religiões, o corpo ficou de certo modo estilizado, transformado em objeto simbólico: o corpo aí é chamado a expressar realidades que não são corporais, mas mentais.  Atitudes essas  associadas à criação de rituais à vezes perigosos. 

E também levam a estruturas de poder de quem usa ou impõe essa simbologia. Nesses casos, as pessoas revestidas de poder se impõem pelo medo e pelo poder

Aliás, onde a economia tomou o lugar da religião, o corpo começou sendo usado como símbolo econômico e erótico, porque ambos os interesses andam juntos. Para que a economia possa funcionar é preciso despertar os desejos, criar novas necessidades. É preciso colocar no mercado novos objetos que vão durar pouco para ser substituídos por outros mais modernos.

Ora vemos que a consequência deste tipo simbólico tanto na religião como no poder econômico é a ostentação e o poder: usa-se para mostrar riqueza e poder e para aumentar mais riqueza e mais poder.

Também constatamos que uma longa evolução fez do culto o centro das religiões. E quanto mais Jesus falava contra o Templo, tanto mais hoje em dia muitas vezes e muitas pessoas põem no Templo o seu centro de interesse. Pensemos no “templo de Salomão” em São Paulo. O que mostra que houve uma recriação do sistema religioso judaico. É uma volta ao passado. O que era uma validade de prazo tornou-se uma fonte de lucro permanente.

         NOTICIÁRIO


1)- Ontem, 21 começou o retiro missionário junto com os missionários do interior, no RINCÃO e  continua hoje domingo até ao meio dia. Ontem  à noite foi instituído o ministério missionário, como garante e tarefa que:  a MISSÃO CONTINÚA.

2)- No  dia 27, 6.ª feira,  terá celebrações missionárias em todas as Capelas para: avaliar a caminhada das SMP e planejar o tríduo da Celebração do Aniversário; O que entendemos por Missão?  Que mudanças aconteceram em nossas vidas e da Comunidade? Nossos compromissos como vão? O que iremos fazer agora que “A Missão continua?” ( Foi distribuído um roteiro de celebração para as comunidades pelo COMIPA)

3)- No dia 28, sábado: 05.00h= Oração nas Capelas e na Matriz: Ofício divino das Comunidades; Café comuntário; 08.00h = visitas domiciliares, bênção das casas, e convite para a grande celebração e caminhada missionária do domingo, 29.
À noite (19.30): Celebração da Renovação das  Promessas batismais e bênção da Água e aspersão.

4)- Dia 29, próximo domingo: 05.00h=saída das Comunidades rumo à Matriz; 06.00h=Caminhada missionária do Jubileu com três PARADAS: Na Pça da BANDEIRA; Na CAEMA; e na PÇA DA BIBLIA, com duas Leituras e testemunhos durante a caminhada. Segue na Matriz a leitura do evangelho e a celebração da eucaristia.

5)- Formação do DIZIMO nas Comunidades: Na capela de São Pedro dia 03/02 no horário das 19.00h.

6)- Amanhã, 2ª feira: Reunião da Pastoral do Batismo, em vez do dia de hoje por conta do retiro do Jubileu das SMP.

7)- Também no dia 03/02 terá a reunião dos Colegiados às 19.30hs

8) - Domingo passado os grupos de Pastoral da Juventude do zona rural e  da cidade tiveram uma reunião de formação e lazer no Rincão. Ficaram programados outros dias já para outros encontros mais abrangentes.

9)-As Irmãs Vivi e Fátima já se encontram no seu novo trabalho em Chapadinha. Estão morando na Comunidade de São Pedro, Bairro de Campo Velho. Ir. Vivi é responsável regional do Nordeste V pela PASTORAL DA AIDs.  Ir. Fátima irá trabalhar mais com a Juventude. As duas estarão ao dispor para colaborar nas Comunidades.



1)- A comunidade de S.Francisco do Bairro da Cruz encerrou ontem  o festejo de S./Sebastião como o 2º padroeiro de Bairro. A nova igreja em honra a S.Francisco vai com muita coragem e avançando. Veja fotos.






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