segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Os primeiros humanos a enterrar os mortos



Os primeiros humanos a enterrar os mortos foram os neandertalenses há cem mil anos a.C. Eles adotaram rituais elaborados. Celebravam a mudança das estações e criaram outros rituais para circunstâncias especiais, como de nascimento.

Os seres humanos começaram usando mais a intuição e imaginação, que antecederam a inteligência. Ligados muito mais do que os seres humanos de hoje com a natureza, eles tinham uma percepção íntima do ciclo do nascimento-morte-renascimento. 

Era a época da pré-inteligência. Eles percebiam que estavam cercados por ciclos naturais nos quais as coisas surgem, florescem, amadurecem e morrem.

Deste modo, a morte não era para eles a questão  problemática que é para os povos modernos. As ideias da maldição da morte vir ao mundo por intermédio de um ser humano específico não fazia parte do imaginário deles. A morte era parte essencial de um processe que integrava a vida humana dentro do ciclo da natureza.

No ciclo humano de nascimento-morte-renascimento, os nossas antepassados da era paleolítica enxergavam uma imagem do que acontece em toda a criação. Os ciclos da natureza se refletiam no ciclo da vida humana. Assim também a atitude diante do sofrimento era bem, diferente, porque não era um tipo de destino ou fatalismo, como hoje, mas um aspecto intrínseco ao grande ciclo da vida.

O processo criativo entendido pelos nossos antepassados é o de nascimento-morte-renascimento, com a morte sendo uma dimensão intrínseca, e não um tipo de aberração ou maldição como foi apelidada depois.

Há um fenômeno na natureza que reflete a maneira pela qual o homem passa na morte. Trata-se da passagem da lagarta para a borboleta. O que a lagarta nela experimenta é uma morte. Entretanto, sua morte não significa fim, mas sim transformação. Tudo o que era lagarta está sendo transformado para se tornar borboleta.

De onde veio tanto medo da morte? Certamente não são desprovidas de razão as interpretações segundo as quais nós instintivamente projetamos em Deus o nosso inconsciente de vingança e de justiça. E atribuímos a Deus as mesmas atitudes.

Na hora da morte, o objetivo de Deus não pode ser nem a vingança nem o estabelecimento de compensação justa, pois Deus manifesta-se como aquele que com seu amor, pode mudar todo culpado de tal modo que ele será então apropriado para a justiça divina, e ainda como aquele que usa de clemência em profusão e conforme a parábola dos trabalhadores, ao invés de compensar justamente, presenteia  excessiva e injustamente. (H. Vorgrimler).

É interessante constatar, diz Ronald Blanch, que o grito pela justiça divina se ouve sempre na boa dos piedosos, nunca dos pecadores. São sempre os “bons cristãos”, os fiéis aos mandamentos e à leis que exigem justiça”(Escatologia da Pessoa).

E Margareth Mitscherlich: “Quem se encontra sob a pressão consciente ou inconsciente da angústia, da culpa ou do castigo, tende muitas vezes a incutir complexos de culpa em outras pessoas, usando de agressiva atitude de censura”. 

Atitudes essas como já falei antes, analisadas desde Freud e Jung como frutos de projeção, repressão e culpa, alimentadas e aninhadas na pessoa e transferidas para Deus.

E para aqueles que se valem da morte ou da ameaça do inferno para atemorizar, nos diz Van de Valle: “É terrível quando  a religião é abusivamente interpretada para provocar medo. E sobretudo a religião do amor como essa que Jesus revelou, a religião cujo lema foi desde o início “não tenhais medo”.

É por isso que a celebração dos primeiros cristãos era a celebração do “feliz encontro”.


                 ORIGEM DA PALAVRA CEMITÉRIO

"Vinda através do latim  cemeterium (este já no latim medieval), a palavra tem origem no grego koimetérion que era simplesmente "dormitório, quarto de dormir". Os cristãos consideram que os mortos na graça de Deus não estão mortos, mas sim adormecidos até à ressureição (Apocalipse, 14;13). Preferiram, por isso, "cemitério" como lugar do seu repouso, em vez de outras palavras latinas que expressavam a ideia de enterramento eterno.

Parabenizamos as Associações dos cemitérios que têm se criado em Chapadinha. Como não têm sido alvo de grandes cuidados dos poderes públicos, os particulares deram-se ao cuidado de ir formando associações, sendo que a primeira foi a ASSOCIAÇÃO DO CEMITÉRIO DE N.S. DAS DORES no Centro de Chapadinha.

A história de alguns cemitérios é mesmo curiosa, como a do cemitério do Sozinho, no Bairro do Campo Velho. Há cerca de 70 anos lá tudo era mato, e certa vez foi encontrado o cadáver de um ser humano já de dias que tinha-se dado fim. Não havia nem tempo de caçar outro lugar e fizeram a cova ali mesmo. Por tempos que ficou ali sozinho aquele filho de Deus. Até que depois, com o desenvolvimento do Bairro, começou ganhando outros companheiros e o local ficou sendo chamado o  cemitério do Sózinho.

NOTICIÁRIO

1)- Missas no dia 02 (FINADOS), 4ª feira: 07.00h na Capela de São Pedro; Às 08.00 e 17.00h também na igreja Matriz

2)- As comunidades de São Raimundo (Corrente), de São Pedro (Campo Velho), NªSª do Bom Parto (Tigela), e São Francisco (Bairro da Cruz) são convidas hoje para uma reunião de preparação dos Batismos. Às 15.00h no CBNET.
                                               
3)- Como foi noticiado domingo passado, os ofertórios do DIA MUNDIAL DAS MISSÕES tem que ser enviados para a diocese. Convido portanto as Comunidades que ainda não vieram deixar, que façam essa doação o mais ligeiro possível.


4)- Ofertas do DIA MISSIONÁRIO MUNDIAL: Bairro da Cruz (igreja de S.Francisco)= 100,00; Bairro do Campo Velho (igreja de São Pedro)=97,55; Igreja de S.ta Teresinha (Bairro Boa Vista) =32,35; igreja de S.Raimundo= 189.80; Igreja matriz = 915,15; Total= 1.334,85

5)-As reuniões de preparação para os batismos, no CENTRO, vão ser agora no CBNET, a 1ª reunião na 1ªsexta feira, a 2ª reunião na 2ª sexta feira e a 3ª reunião na 3ªsexta feira. Horário, às 19.00h
Responsáveis da 1ª reunião: D.Odete e Fabiana; da 2ª reunião D.Socorro Araújo e D.Raimunda e a 3ª reunião sr. Sales e esposa D.Juciy
A Paróquia agradece a D.Totonha Galvão que sozinha assumia este trabalho por mais de 30 anos.
DONA TOTONHA GALVÃO


A MORTE NÃO É NADA Poema de Santo Agostinho
"A morte não é nada.
Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.

Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês,
eu continuarei sendo.

Me dêem o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo
no mundo das criaturas,
eu estou vivendo
no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene
ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.

A vida significa tudo
o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.
Por que eu estaria fora
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora
de suas vistas?

Eu não estou longe,
apenas estou
do outro lado do Caminho...

Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi."








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