O Papa S.João 23
afirmou, no seu discurso de abertura do
concílio Vaticano II, no dia 11 de Outubro de 1962, com o qual traçou o caminho
do próprio concílio, que o Concílio não se podia limitar a repetir a doutrina
tradicional da Igreja.
Amiúde a Igreja condenou erros, e em certas ocasiões até
com bastante severidade. Hoje, pelo contrário, afirmou o Papa, a “esposa de
Jesus Cristo prefere empregar a medicina da misericórdia antes de empunhar a
arma da severidade”.
Cabe assim, afirmar que
o novo estilo pastoral a que se referia S.João 23 teve muito que ver com o que
ele mesmo havia referido naquele discurso de abertura, com a expressão
“medicina da misericórdia”. Desde então o tema da misericórdia tornou-se
fundamental não só para o concílio, mas também para toda a prática pastoral da
Igreja pós-conciliar.
Adéqua muito bem com a
expressão do atual Papa Francisco quando disse que a Igreja católica deve ser
como “um hospital de campanha após a
batalha, cuidando das feridas de seus fiéis, e saindo para encontrar os que
foram machucados, excluídos, ou que se afastaram”. E ainda: “Algumas vezes a
Igreja fecha-se em pequenas coisas, em regras mesquinhas.
A coisa mais
importante é a primeira proclamação: Jesus Cristo nos salvou e os ministros da Igreja devem ser ministros da misericórdia
acima de tudo. O ministério pastoral não pode ser obcecado com a transmissão de
uma série incoerente de doutrinas a serem impostas insistentemente. Temos de
encontrar um novo equilíbrio, caso contrário o edifício moral da Igreja
deve cair como um castelo de cartas, perdendo a frescura e a fragrância
do evangelho”.(Entrevista à revista Civiltá Catolica, com Antônio Spadaro).
Por sua vez o Papa
S.João Paulo segundo, na homilia que proferiu por ocasião da canonização da
Santa Faustina, disse que esta mensagem devia ser como um raio de luz para o
caminho do ser humano no terceiro milênio.
E durante a sua última viagem à
Polônia em 2002 consagrou solenemente o mundo à divina misericórdia. Nessa ocasião encarregou a
Igreja de transmitir ao mundo o fogo da compaixão. Segundo uma sugestão da
mesma Santa Faustina o Papa proclamou o 2º domingo da
PÁSCOA como o domingo
da misericórdia.
Veja bem, o Papa
Francisco afirmou que a Igreja tem que ser como um hospital de campanha após a
batalha. Não será porque a Igreja passou quase o tempo todo condenando e
pregando um Deus castigado? O cardeal
Walter Kasper afirma: “a noção de um deus castigador e vingativo induziu muitas
pessoas a temer pela sua salvação eterna” (A Misericórdia”, pg.26).
E afirma ainda o mesmo cardeal: “Esquecer a misericórdia não é um problema
marginal e secundário da doutrina de Deus, antes pelo contrário, isso
confronta-nos com o problema fundamental da determinação da essência de Deus e
dos atributos divinos em geral, e obriga-nos a reformular a doutrina de Deus”(
id, pg 24).
Na verdade, o Frei Luís
Turra resumiu muito bem o nosso assunto naquela afirmação do início do nosso
tema: "Jesus Cristo, o poeta e o mestre da misericórdia do Pai, mais do que por
palavras, ele ensinou pela vida e por suas ações de misericórdia”
Mensagem da páscoa do bispo diocesano:
Caríssimos padres, religiosos, religiosas, leigos e leigas, seminaristas e todo povo de Deus!
Somos um povo que estamos a caminho e, neste caminhar
quantas vezes passamos por dificuldades, tristezas, injustiças e lamentações.
Assim foram as mulheres, fiéis seguidoras de Jesus. Indo ao túmulo, símbolo dos
que morreram, para zelar o corpo de Jesus elas se deparam com uma situação.
Jesus não está preso a uma estrutura de morte, “as mulheres encontraram a pedra
do túmulo removida”(Lc 24,2).
Hoje, quais são as estruturas de morte presente no
nosso meio?. Negação de direito, descaso dos bens públicos, corrupção, ausência
de políticas públicas como nos chama atenção a CFE-2016, principalmente no que
diz respeito ao saneamento básico....Porém, mesmo diante das situações de morte
existe sinal de esperança, a pedra do túmulo está removida.
A pedra se remove quando fortalecemos nossa comunhão
pela força do Evangelho. A pedra se remove quando somos capazes de sairmos do
nosso comodismo e de fato sermos Igreja missionária e profética; a pedra se
remove quando não nos deixamos abater pelas ameaças dos grandes projetos como o
MATOPIBA, (que quer ocupar 143 milhões de hectares no Maranhão, Tocantins,
Piauí e Bahia), a pedra se remove quando somos capazes de ouvir a voz daqueles
e daquelas que clamam por justiça e solidariedade. A pedra se remove quando
assumimos o universo como nossa casa comum que exige nossa responsabilidade.
É a força da ressurreição que deve remover as pedras
que impedem nossas lutas e disponibilidade de nos comprometermos com a vida.
Portanto, não podemos ficar abatidos, mas, o nosso dever é sentir e anunciar
que Cristo não está morto. “Porque estás procurando entre os mortos aquele que
está vivo? Ele não está aqui. Ressuscitou!” (Lc 24,5).
A ressurreição desperta
a memória das mulheres para se lembrarem das palavras de Jesus e as impulsiona
para o anúncio aos apóstolos e a todos os outros. Esta deve ser a nossa
atitude, anunciar com convicção e alegria que Cristo Venceu a morte “ Ele
ressuscitou!”.
Como Diocese de Brejo, agradecemos a Deus pelos sinais
de ressurreição: realização da Assembléia Diocesana, assumindo Urgências e
Prioridades, surgimento da Pastoral Afro, Pastoral dos Pescadores (as),
realização das Semanas Missionárias, articulação das Pastorais Sociais; chegada
de novas religiosas em Buriti, Paulino Neves e em Brejo; empenho de nossos padres,
religiosos, religiosas, leigos e leigas e seminaristas, espírito de comunhão
dos nossos benfeitores e benfeitoras, empenho dos conselheiros(as) diocesano,
parcerias com outras organizações em defesa dos direitos e da vida e tantos
outros sinais que demonstram para nós a força da ressurreição de Cristo em
nossas vidas.
Carísimos irmãos e irmãs tenhamos a disponibilidade
das mulheres e de Pedro para irmos aos túmulos de hoje (situações de morte) não
para chorar e lamentar, mas para anunciar o acontecimento: Ele não está aqui.
Ressuscitou!
Que a Ressurreição de Cristo seja nossa força e
esperança. Feliz Páscoa!
Com as bênçãos do Deus misericordioso
Dom José Valdeci Santos Mendes
NOTICIÁRIO
DA PARÓQUIA
1)-
Primeira Comunhão na capela de S.Raimundo da Corrente será nesta semana,
dia 08(6ªFeira), na missa da noite. A confissão será nesse mesmo dia de 6ªFeira
à tarde, 15.00
2)-
Primeira Comunhão na capela de NªSª da Conceição de Terras Duras será no próximo domingo, na
missa das 09.00h. A confissão será no dia 08, 6ª Feira, às 08.00h
3)-
Primeira comunhão na capela de S. Francisco, Bairro da Cruz será no dia
09, sábado, na missa da noite, 20.00h. A confissão será no mesmo dia, sábado
às 08.00h, por conta que à tarde tem confissão na Matriz.
4)-
Nesta 6ªfeira e sábado realizou-se na diocese um Encontro vocacional “Despertar
vocacional. De nossa Paróquia participaram 05 jovens
5)-
No dia 08 a 10 acontecerá no Brejo um Estudo sobre o evangelho de São Lucas.
Poderão se inscrever no Secretariado
6)-
Nos dias 22 a 24 deste mês de Abril acontecerá um Estudo de formação
missionária a nível regional para avaliação das SMP no Nordeste V (Maranhão).
Local, em Anapurus. Precisam-se duas pessoas de cada Paróquia. É verdade que em
24 temos o evento da inauguração do CEPAN. Se tiver duas pessoas disponíveis
marcarão a presença de Chapadinha, aliás das duas Paróquias, o que daria 04
pessoas. Obrigado.
7)-
Reunião do CPP: Acontecerá no próximo domingo, 2º domingo do mês. Sua
presença é importante
8)-Adoração
do SS.mo Sacramento: Acontecerá também no próximo domingo, por conta que
não foi possível domingo anterior. Não esqueça alimentos e roupas de sua
oferta.
9)-
Renovação do compromisso dos Acólitos: Próximo domingo, dia 10. No dia
anterior, sábado à tarde tem disponibilizada a confissão para
quem precisar, uma vez que ainda teve confissão faz pouco tempo nesta quaresma.
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