sábado, 2 de abril de 2016

Domingo da Misericórdia: Jesus Cristo, o poeta e o mestre da Misericórdia do Pai mias di por palavras, ele ensinou pela vida e por suas ações misericordiosas


O Papa S.João 23 afirmou, no seu discurso  de abertura do concílio Vaticano II, no dia 11 de Outubro de 1962, com o qual traçou o caminho do próprio concílio, que o Concílio não se podia limitar a repetir a doutrina tradicional da Igreja. 

Amiúde a Igreja condenou erros, e em certas ocasiões até com bastante severidade. Hoje, pelo contrário, afirmou o Papa, a “esposa de Jesus Cristo prefere empregar a medicina da misericórdia antes de empunhar a arma da severidade”.

Cabe assim, afirmar que o novo estilo pastoral a que se referia S.João 23 teve muito que ver com o que ele mesmo havia referido naquele discurso de abertura, com a expressão “medicina da misericórdia”. Desde então o tema da misericórdia tornou-se fundamental não só para o concílio, mas também para toda a prática pastoral da Igreja pós-conciliar.

Adéqua muito bem com a expressão do atual Papa Francisco quando disse que a Igreja católica deve ser como “um hospital  de campanha após a batalha, cuidando das feridas de seus fiéis, e saindo para encontrar os que foram machucados, excluídos, ou que se afastaram”. E ainda: “Algumas vezes a Igreja fecha-se em pequenas coisas, em regras mesquinhas. 

A coisa mais importante é a primeira proclamação: Jesus Cristo nos salvou e os ministros da Igreja devem ser ministros da misericórdia acima de tudo. O ministério pastoral não pode ser obcecado com a transmissão de uma série incoerente de doutrinas a serem impostas insistentemente. Temos de encontrar um novo equilíbrio, caso contrário o edifício moral  da Igreja  deve cair como um castelo de cartas, perdendo a frescura e a fragrância do evangelho”.(Entrevista à revista Civiltá  Catolica, com Antônio Spadaro).

Por sua vez o Papa S.João Paulo segundo, na homilia que proferiu por ocasião da canonização da Santa Faustina, disse que esta mensagem devia ser como um raio de luz para o caminho do ser humano no terceiro milênio. 

E durante a sua última viagem à Polônia em 2002 consagrou solenemente o mundo à divina  misericórdia. Nessa ocasião encarregou a Igreja de transmitir ao mundo o fogo da compaixão. Segundo uma sugestão da mesma Santa Faustina o Papa proclamou o 2º domingo da 

PÁSCOA como o domingo da misericórdia.
Veja bem, o Papa Francisco afirmou que a Igreja tem que ser como um hospital de campanha após a batalha. Não será porque a Igreja passou quase o tempo todo condenando e pregando um Deus castigado? O  cardeal Walter Kasper afirma: “a noção de um deus castigador e vingativo induziu muitas pessoas a temer pela sua salvação eterna” (A Misericórdia”, pg.26).

E afirma ainda  o mesmo cardeal:  “Esquecer a misericórdia não é um problema marginal e secundário da doutrina de Deus, antes pelo contrário, isso confronta-nos com o problema fundamental da determinação da essência de Deus e dos atributos divinos em geral, e obriga-nos a reformular a doutrina de Deus”( id, pg 24).


Na verdade, o Frei Luís Turra resumiu muito bem o nosso assunto naquela afirmação do início do nosso tema: "Jesus Cristo, o poeta e o mestre da misericórdia do Pai, mais do que por palavras, ele ensinou pela vida e por suas ações de misericórdia”

Mensagem da páscoa do bispo diocesano:


Caríssimos padres, religiosos, religiosas, leigos e leigas, seminaristas e todo povo de Deus!

Somos um povo que estamos a caminho e, neste caminhar quantas vezes passamos por dificuldades, tristezas, injustiças e lamentações. Assim foram as mulheres, fiéis seguidoras de Jesus. Indo ao túmulo, símbolo dos que morreram, para zelar o corpo de Jesus elas se deparam com uma situação. Jesus não está preso a uma estrutura de morte, “as mulheres encontraram a pedra do túmulo removida”(Lc 24,2).

Hoje, quais são as estruturas de morte presente no nosso meio?. Negação de direito, descaso dos bens públicos, corrupção, ausência de políticas públicas como nos chama atenção a CFE-2016, principalmente no que diz respeito ao saneamento básico....Porém, mesmo diante das situações de morte existe sinal de esperança, a pedra do túmulo está removida.

A pedra se remove quando fortalecemos nossa comunhão pela força do Evangelho. A pedra se remove quando somos capazes de sairmos do nosso comodismo e de fato sermos Igreja missionária e profética; a pedra se remove quando não nos deixamos abater pelas ameaças dos grandes projetos como o MATOPIBA, (que quer ocupar 143 milhões de hectares no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a pedra se remove quando somos capazes de ouvir a voz daqueles e daquelas que clamam por justiça e solidariedade. A pedra se remove quando assumimos o universo como nossa casa comum que exige nossa responsabilidade.

É a força da ressurreição que deve remover as pedras que impedem nossas lutas e disponibilidade de nos comprometermos com a vida. Portanto, não podemos ficar abatidos, mas, o nosso dever é sentir e anunciar que Cristo não está morto. “Porque estás procurando entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui. Ressuscitou!” (Lc 24,5). 
A ressurreição desperta a memória das mulheres para se lembrarem das palavras de Jesus e as impulsiona para o anúncio aos apóstolos e a todos os outros. Esta deve ser a nossa atitude, anunciar com convicção e alegria que Cristo Venceu a morte “ Ele ressuscitou!”.

Como Diocese de Brejo, agradecemos a Deus pelos sinais de ressurreição: realização da Assembléia Diocesana, assumindo Urgências e Prioridades, surgimento da Pastoral Afro, Pastoral dos Pescadores (as), realização das Semanas Missionárias, articulação das Pastorais Sociais; chegada de novas religiosas em Buriti, Paulino Neves e em Brejo; empenho de nossos padres, religiosos, religiosas, leigos e leigas e seminaristas, espírito de comunhão dos nossos benfeitores e benfeitoras, empenho dos conselheiros(as) diocesano, parcerias com outras organizações em defesa dos direitos e da vida e tantos outros sinais que demonstram para nós a força da ressurreição de Cristo em nossas vidas.

Carísimos irmãos e irmãs tenhamos a disponibilidade das mulheres e de Pedro para irmos aos túmulos de hoje (situações de morte) não para chorar e lamentar, mas para anunciar o acontecimento: Ele não está aqui. Ressuscitou!

Que a Ressurreição de Cristo seja nossa força e esperança. Feliz Páscoa!
Com as bênçãos do Deus misericordioso
Dom José Valdeci Santos Mendes



NOTICIÁRIO DA PARÓQUIA



1)- Primeira Comunhão na capela de S.Raimundo da Corrente será nesta semana, dia 08(6ªFeira), na missa da noite. A confissão será nesse mesmo dia de 6ªFeira à tarde, 15.00


2)- Primeira Comunhão na capela de NªSª da Conceição de  Terras Duras será no próximo domingo, na missa das 09.00h. A confissão será no dia 08, 6ª Feira, às 08.00h


3)- Primeira comunhão na capela de S. Francisco, Bairro da Cruz será no dia 09, sábado, na missa da noite, 20.00h. A confissão será no mesmo dia, sábado às 08.00h, por conta que à tarde tem confissão na Matriz.

4)- Nesta 6ªfeira e sábado realizou-se na diocese um Encontro vocacional “Despertar vocacional. De nossa Paróquia participaram 05 jovens

5)- No dia 08 a 10 acontecerá no Brejo um Estudo sobre o evangelho de São Lucas. Poderão se inscrever no Secretariado

6)- Nos dias 22 a 24 deste mês de Abril acontecerá um Estudo de formação missionária a nível regional para avaliação das SMP no Nordeste V (Maranhão). Local, em Anapurus. Precisam-se duas pessoas de cada Paróquia. É verdade que em 24 temos o evento da inauguração do CEPAN. Se tiver duas pessoas disponíveis marcarão a presença de Chapadinha, aliás das duas Paróquias, o que daria 04 pessoas. Obrigado.

7)- Reunião do CPP: Acontecerá no próximo domingo, 2º domingo do mês. Sua presença é importante

8)-Adoração do SS.mo Sacramento: Acontecerá também no próximo domingo, por conta que não foi possível domingo anterior. Não esqueça alimentos e roupas de sua oferta.


9)- Renovação do compromisso dos Acólitos: Próximo domingo, dia 10. No dia anterior, sábado à tarde tem disponibilizada a confissão para quem precisar, uma vez que ainda teve confissão faz pouco tempo nesta quaresma.




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