Viver não é dia sim, dia não. Não é receber passiva e desinteressadamente o que vier. Viver é esforço contínuo, pessoal e quotidiano. Viver bem não é questão de sorte que calha à pessoa. É responsabilidade pessoal aceite e sentido de vida encontrado.
Viver não é embarcar no Trem da Alegria, passar pelo Túnel da Facilidade, apreciar as Galerias da Brincadeira e divertir-se nas Praças do “Bel Prazer”. Viver bem exige compromisso individual, escolha de valores, luta contra vícios e aceitação das consequências ao longo do percurso vital.
Não há realização possível num vazio existencial, sem a dimensão social com os outros e sem a dimensão transcendente e espiritual com Deus. O super-Homem que alguns pensadores modernos disseram que podia substituir Deus é o pior engano de nossa época. Não se realizou o enterro de Deus e quem morreu foram os construtores dessa falsa ideologia.
Viver sem Deus é não ter ponto de referência e, ao procurar substituição no prazer, no poder, no ter, na droga, na diversão, na política... é uma tragédia incalculável. O ser humano tem uma insaciável ânsia de infinito e quem não a trabalha frustra o seu existir. Enterra-se em triste solidão, angústia insuportável e morte antecipada. Por isso, não basta cumprir alguns atos religiosos esporádicos.
É preciso que a fé toque toda a vida e a pessoa penetre profundamente no mistério do seu existir que o liga essencialmente ao divino. Viver sem se deixar encharcar pelo sagrado é um engano. Um terrível descuido. Uma falta desconcertante. Nada pode substituir nossa relação com Deus. Sem mergulhar no Seu amor, sem se deixar encantar pela Sua Misericórdia, sem encontrar nEle nossa felicidade e alegria... teremos falhas que consumirão, inutilmente, nosso existir. E, nós católicos, não teremos desculpa ao tentar fugir ao sagrado e realizarmo-nos em ações transitórias.
Em Cristo fomos integrados na comunhão trinitária. Não podemos viver felizes sem aceitar o Projeto de Amor do Pai Eterno, sem nos apaixonar pela plenitude em Cristo e sem nos deixar conduzir pela força do Espírito. Para isso, temos que renunciar a caprichos e vícios contrários aos valores do Evangelho.
E que ninguém pense que isso é sofrer e lutar contra sua natureza humana. Não. Isso é colaborar com a graça divina e procurar nossa autêntica realização que está no Projeto de Deus e não nas nossas manias. Fomos criados para a Felicidade e Beleza e estas só se encontram, definitivamente, em Deus.
Aqui somos peregrinos que devemos não nos perder no caminho ou enganar nas escolhas
DESCULPAS ENCHEM OS OUVIDOS, MAS NÃO CEGAM OS OLHOS.
Não basta ter língua para bem falar. É preciso ter cabeça para saber o que se diz. Também não basta ter imaginação e espírito inventivo para encontrar desculpas. É preciso ter razão para se poder desculpar. Dentro da sã convivência social, é necessário que o que se diz coincida com o que se faz. É preciso falar a verdade. Sempre que em Chapadinha, alguém demonstra certo descontentamento ou desconfiança sobre o trabalho da Administração Pública, vem logo alguém a desfazer a observação e a dizer que não há quem tenha trabalhado mais. Mas, mais que com a boca, o que está em causa mede-se com os olhos. Não é questão de língua, mas de esforço e suor. O que não se enxerga feito não são palavras, por mais sábias que sejam, que o vão realizar. E temos que ser sinceros: não se enxerga grande coisa que justifique o gasto de milhões na atual Administração Municipal. Há projetos, sim, que vieram e obrigaram a mexer com um bocado de terras e estradas do interior. Projetos (todos sabem!) são também maneiras de aumentar o depósito de verbas para deputados amigos fazerem sua campanha eleitoral e satisfazerem a compra de votos e outros gastos. (Diz-se que políticos são os mais religiosos: de tudo que fazem “tiram um terço”). Mas fica sempre a pergunta: e o Fundo de Participação que vem para o Município? Há prestação de contas? Onde está a dita e tão apregoada transparência pública que não se vê e não aparece afixada em lugar nenhum?
Como se pode saber para onde vão as verbas que o Município recebe? Quanto vem sabe-se pela internet. Mas como são gastas de uma maneira razoável e convincente, não sei onde procurar. E sejamos claros: o Município está quase parado. Se não fossem as carreatas e as diligências para obrigar empregados a votar compulsivamente... eu diria: está tudo parado! As praças foram desarranjadas (a ex-Prefeita diz que deixou dinheiro! )e permanecem assim. Deixaram chegar o mercado a um ponto que até mete dó e nojo. As ruas do Bairro da Independência e Rua Ataliba Vieira levaram “breu“ para serem asfaltadas e já se não vê nem uma coisa nem outra. As torneiras estão sem água e até os poços e depósitos de Recanto dos Pássaros e da Boavista vão em ritmo tão lento que não sei se terão fim. Muitas coisas mexidas e poucas acabadas. Muitas palavras e poucas obras. Muitas desculpas que não convencem. Sabemos que de Tinguis a Centro Velho, de Bonfim a S. Rita, de S. Rita a Lagoa Amarela, de Muquém a Riacho Seco, na Chapada Limpa... é verdade que se melhoraram caminhos, mas também se sabe que foi com máquinas, agora, próprias da Prefeitura e com projetos, para cada uma desta recuperações, de cerca de R$150.000,00, o que também não se justifica pelo que foi feito. Temos número de processos e verbas atribuídas. Que estão a fazer os senhores vereadores e os senhores Promotores de Justiça?
AÇÃO OU CONTEMPLAÇÃO? – NÃO! TRABALHO E ORAÇÃO? – SIM!
Nenhum comentário:
Postar um comentário