segunda-feira, 14 de julho de 2014

converter-se à conversão: não podemos guardar empacotada a semente da palavra de Deus



Sem ar, não se respira. Sem combustível, o avião não sobe. Sem motor, o carro não anda. Sem energia, a lâmpada não acende. Sem a inspiração e a força do Espírito Santo, não há vida cristã.

À natureza humana custa praticar o bem, porque ela está ferida, decaída e inclinada ao mal. Falta-nos a energia para praticar o bem ou para subir a escalada da santidade. 

Só a graça de Deus pode vir em nosso auxílio, fortalecer-nos, levantar-nos e ajudar-nos a avançar. Sem ela, como que nos escondamos debaixo da mesa, preferimos fugir, acovardamo-nos, intimidamo-nos de fazer o bem.  

Sem a graça de Deus, nossas casas transformar-se-iam em esconderijos, nossas cidades em fortalezas de fuga medrosa. Mas Deus nos ama. A tudo e todos  chama, senta-nos à mesa, conta-nos histórias que só Seu Amor pode realizar, diz-nos que quer habitar nosso interior e que é fonte inesgotável de amor, graça, força e santidade.  

Foi Jesus que veio manifestar este projeto do Pai que é levar-nos a participar de Sua vida. Para isso, Jesus prometeu aos  Apóstolos a vinda do Espírito para os libertar e os fazer compreender tudo que Ele tinha ensinado. 

Prometeu aos Apóstolos e, neles, a toda a Igreja e, portanto, também a cada um de nós. É nossa obrigação não nos deixar arrastar pelo rio de facilidades, pela avalanche de enganos que correm a nosso lado. 

Temos que saber fazer silêncio, dar atenção e refletir na nossa responsabilidade. Podemos tornar inútil esse projeto do Amor. Podemos, com nossa leviandade, impossibilitar o Deus Uno e Trino de habitar em nós. 

O Espírito Santo, nosso Mestre, Defensor e Advogado, deseja trabalhar em nós para sermos Seu santuário. Ser cristão é converter-se a esta alegria, a esta beleza de iniciar o céu já na terra.

Nossa Paróquia está vivendo as Santas Missões Populares. Vi uma multidão enchendo a Matriz no último fim de semana. Notei entusiasmo e muito interesse em toda aquela gente que agora se diz, sem vergonha, missionária. 

É bom que todos se sintam, arrojadamente, lançados para fora de si mesmos, lançados na aventura de buscar a ovelha perdida para que entre no aprisco do Bom Pastor. Pela pouca fé somos predadores uns dos outros. Não deixamos que a graça de Deus circule nos nossos irmãos. 

É urgente acordar e fazer acordar outros para a Beleza, o encantamento, a alegria, o fascínio, o entusiasmo... do Deus que nos procura, para a todos transmitir, em plenitude, a Sua graça.

NÃO PODEMOS GUARDAR, EMPACOTADA  A SEMENTE DA PALAVRA DE DEUS.

 O semeador saiu a semear. E continua semeando. Ainda não cansou nem cansará. É empurrado por um imenso e eterno Amor. Jamais desistirá. A semente é a Palavra de Deus. O campo é a humanidade de que eu também faço parte. 

Deus é que sempre semeia, mas quer precisar de colaboradores (ICr.3,9): “a messe é grande e os trabalhadores são poucos”(Lc.10,2)!
Daí a interrogação: Deus precisa de semeadores, mas nós que espécie de semente é que andamos semeando? – Seremos prejudiciais ao Reino se só semearmos palavras inúteis, críticas mordazes, inimizades alimentadas, revoltas nunca sanadas... Ninguém pode ser mercenário da Palavra trocando-a por palavreado.

A Igreja nasce da Palavra de Deus. É fruto da Semente divina, mas que passa por semeadores humanos. Vivemos na Igreja não só para colher frutos, receber sacramentos, celebrar liturgias, mas também para semear. 

Cada cristão tem que ser um semeador da Palavra e semeá-la através do bom testemunho, de uma vida exemplar, jovem e alegre... E sem pressas, apesar da ânsia arrancada de um esforçado suor, sem desanimar, mesmo que algum vendaval venha varrer o resultado do nosso trabalho. 

Também há terrenos em que a Semente custa a germinar para produzir comunidades de fé. Cada cristão é terreno a semear e também um semeador, um provocador de vida nova em si e nos irmãos, é um convocador de outros semeadores. Ser cristão é ser missionário. 

A missão da Igreja é semear, mesmo que o deserto avance; Deus poderá fazer brotar nascentes de água na areia que nos parecia infrutífera e levá-la a dar muito fruto. 

A missão de cada cristão é semear... mesmo que espinhos pretendam abafar a esperança. Deus não dorme nem tem motores para andar depressa. Nem relógio. E, se Ele quisesse que nós andássemos a toda a pressa, que voássemos, tinha-nos dado asas. Mas não deu. 

Nossa obrigação é semear. Semear na esperança e pensar também que Deus pode dar uma oportunidade que não volta. Somos todos chamados a ser semeadores, mesmo que o terreno nos pareça duro e estéril. Deus pode suscitar filhos de Abraão das pedras dos caminhos. Semear... semear... não guardar a semente da Palavra ensacada em triste desinteresse. Nem no baú da acomodação. E não ficar só esperando oportunidades ideais que, talvez, não acontecerão. 

A cada momento pode aproximar-se a força da Primavera e o calor do Espírito tudo fará germinar. Há um tempo para semear e um tempo para esperar. O clima favorável é uma graça do céu. Por isso, rezar e trabalhar rezando. Não esperar que as coisas aconteçam sem nós, mas trabalhar rezando, dando colaboração ao divino Semeador que não cansa de semear. 

Há urgência! Em muitas vidas, o terreno está preparado. Haja quem semeie!

EXPLICAÇÃO DAS PARTES DA MISSA
(Começamos neste número do Boletim Paroquial algumas explicações sobre as diversas partes da Missa)
1)- Começamos a Missa invocando a SS.ma Trindade: “Em nome do Pai...
           As Pessoas da Santíssima Trindade são relação. Por isso, formam unidade. Nós somos inclinados a viver na competição, no confronto, amarrados pelos laços da rivalidade. Precisamos converter-nos à comunhão fraterna e à vivência de nossa identidade de filhos de Deus. Começamos a Missa invocando o Deus Uno e Trino para que Ele nos liberte da desunião e celebremos, unidos, nossa amizade com Ele e com os irmãos.
2)- Fazemos o sinal da cruz sobre o nosso corpo.
A cruz é o nosso caminho para Deus. Com frequência cruza-se, no dia a dia, a nossa vontade com a Vontade divina. Aceitar a renúncia do que nos parece bom e preferir Deus e as verdades reveladas... é avançar com firmeza para a felicidade. Com a cruz nos integramos na comunidade, como que abençoando nosso corpo rebelde e abençoando-nos uns aos outros. A cruz deve ser bem feita. Não uma garatuja como quem quer afastar uma mosca que pousou na testa.
3)- Confessamo-nos pecadores arrependidos... 
Qualquer encontro festivo tem preparação, exige ordem e limpeza. Também, para celebrar os divinos mistérios, precisamos de purificação. Somos aceites ao banquete se nos vestirmos de arrependimento. Deus é Misericórdia, conhece nossas fraquezas e, por isso, a tristeza, por ter pecado, já é sinal da Sua graça curativa que suaviza nossos corações. O pecado entorpece nossa memória. O Espírito Santo nos desperta, no início da Missa, para o que somos: filhos de Deus. “Senhor chama o que fugiu de Ti, atrai o que tenta fugir, levanta o desanimado, sustém o que está de pé, guia o que se encontra a caminho, de regresso ao Teu amor...”
4)- Senhor, tende piedade de nós!
No princípio da Missa, sentimo-nos longe de Deus, como o filho pródigo; paramos, mais um pouco, para gritar por socorro, para que nos seja dado o perdão. Precisamos ser o que somos em Deus. Necessitamos voltar a casa. Pecar é fugir, é construir uma vida ilusória, enganosamente imaginária, uma forma de autoexílio. O pecado é uma perda daquilo que somos, é desmantelar nossa identidade de filhos de Deus. Precisamos voltar a Deus e àquilo que somos pelo Batismo. Urgente regressar a nós mesmos. Não adianta enganar-nos: se subirmos para um trem errado não resolve andar a mudar de assento ou correr pelo corredor fora. Temos é que sair na próxima oportunidade e tomar outro trem com a direção certa. No mercado, nada se pode vender sem que se crie a sua necessidade. Primeiro também temos que nos sentir pecadores para que Deus nos dê Sua graça. Ninguém deseja aquilo de que não sente necessidade. Ele não muda Seu pensar sobre nós, mas deseja que nós mudemos nosso pensar acerca dEle: é Amor e Perdão.

       Espaço informativo
1- A festa aconteceu. Ainda está acontecendo. Mostrou atletas, alegrou cidades, exibiu arte, juntou multidões entusiasmadas, alargou as fronteiras do encontro humano, recebeu torcidas animadas, trouxe turistas e proporcionou uma festa nacional que contagiou outras nações. Brasil soube receber, foi hospitaleiro. E houve o abraço da amizade na alegria do espetáculo. A Copa brindou alegria e emoção à nação e ao mundo. Muitos milhões, talvez bilhões, tiveram os olhos voltados para o Brasil. E puderam ver um povo feliz na sua pobreza que dança e canta. 
A alegria misturou-se com a ansiedade, o sabor da derrota à aclamação da vitória. Valeu a distração, o exercício da dimensão lúdica, a nobre união simbolizada pela bandeira nacional que tremulou ao vento nos carros, nas motos, nas janelas e na alma de cada pessoa. A decepção fica também como lembrança a não esquecer. 
Mas, depois de termos observado a beleza e a grandeza dos estádios  e dos novos aeroportos, vem-nos espontânea a pergunta: quando chegará este padrão de riqueza, do primeiro mundo, aos nossos hospitais, ao saneamento básico, às estradas e às nossas escolas? Bonito receber bem os estrangeiros, mas, péssimo mesmo, desprezar os brasileiros! 
E ficam, impertinentes, outras constatações: que dizer do superfaturamento das obras, da pilhagem das verbas públicas, da cultura da improvisação demonstrada e do compromisso deixado para a última hora...? O legado da Copa só se poderá apreciar uns meses depois dela terminar. Para já fica um elogio à Polícia Federal pela descoberta de quadrilhas que, talvez, com o tradicional apoio da FIFA, vinham faturando milhões com a venda ilegal de bilhetes. Bem, mas sabor amargo fica mesmo para quem tem dupla nacionalidade (Portugal e Brasil) e sofreu duas nojentas derrotas, dadas pelo mesmo time alemão e com um número escandaloso de gols. Valha-nos Deus!

2)- O 3º Retiro Paroquial para as Santas Missões Populares decorreu com grande participação (800 pessoas) e muito entusiasmo. Foi muito bem passado o conteúdo do tema para este retiro que era: a CONVERSÃO a muitos níveis. O conferencista, seminarista Gerry, esteve ótimo e as coreografias também. A todos os participantes foi dado um crucifixo para lembrar que, a exemplo do Mestre, a Ressurreição passa pelo Calvário. Foi também dada uma explicação bem pormenorizada do que vai ser a Semana Missionária, momento alto das Santas Missões. Contaremos com a presença de várias centenas de missionários vindos de fora e da nossa Paróquia para trabalharem nas comunidades da cidade e nas do interior. Uma cruz bem visível ficará lembrando o acontecimento em cada local. Agora espera-se a realização deste terceiro retiro nos diversos setores.

3)-Realizou-se neste sábado um tempo de oração mariana na Igreja Matriz que envolveu várias pessoas de todas as pastorais. Foi promovido pelo Movimento “Apostolado do Terço”

4)- Esta semana foram visitadas as seguintes comunidades do interior: Buriti dos Bois, Tabuleiro dos Batistas, Matinho,  Inhambu, Matinha dos Elenos e Capinal.

5)- Decorreu também, com muita animação e participação, a novena e o festejo de S. Camilo no Areal.

6)- A construção no Bairro do Sol , na comunidade de S. Expedito, está com as paredes do Centro Catequético levantadas e as cavas da capela quase abertas que já forneceram pedra para grande parte de toda a construção




7)- Convocamos para uma reunião, no CBNET, na próxima terça feira às 20.00H os jovens que integram as comissões do BOTE FÉ do próximo mês de Agosto.


  







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