segunda-feira, 15 de abril de 2013

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - MISSÃO: URGENTE DAR ASAS À AVENTURA DE SER CRISTÃO!


     Estamos em crescente e responsável processo de preparação para nossa paróquia ser mais missionária. Estamos já em Missão Popular. Missão é fruto do nosso encontro pessoal com Cristo (Luc.19,13). É forte experiência de fé (2Cor.11,4-7). É natural exigência de nosso amor a Deus e compromisso do nosso ser Igreja. Missão é cooperação com a obra salvadora do Redentor (Ef.6,19-20); é mandato expresso de Cristo (Mat.28,18); é dever essencial de todos os crentes, constituídos em Igreja, pela força do Espírito(dizia S. Paulo: “ai de mim se eu não evangelizar!”); é exigência do próprio ser da Igreja que não é museu, nem depósito, nem caixa de isopor, nem simples armazém das verdades divinas. Missão é Vida que dá vida, porque o Ressuscitado continua entre nós. É Força do Espírito que não podemos extinguir. É Fonte de graça que não podemos privatizar. É Alegria que tende a comunicar-se. É Notícia que não se pode guardar só para nós. É oferta de graça que temos que entregar. É Fogo que tende a comunicar-se. É fogueira que se deve atear. É Novidade que se tem que anunciar. É Paixão pelo Evangelho que não se pode abafar (2Cor.4,3-5). É Solução que ninguém devia ignorar (At.13,49). É Investimento sagrado que temos que publicar ( 2Tim.4,2-3,5). Não é a Igreja que tem Missão.  

      É a Missão de Cristo que tem a Igreja. Esta existe para a Missão, para emprestar a Cristo capacidade humana de comunicar com os homens de hoje. Por isso, Missão é urgência que não se pode adiar. É Riqueza de Salvação universal que não podemos guardar ou inutilizar (Ef.3,7-9). Missão é resposta ao apelo do Senhor. É Felicidade que temos pressa em partilhar (At.19,20). É Acontecimento que todos têm que conhecer, amar, viver e anunciar (Col.1,25-28). É vivência de uma Esperança que deve invadir todo o ser humano, é expressão solene de nosso agradecimento a Deus (At.6,7). Fazer Missão é dar testemunho fiel do que vivemos e sentimos; é sinal de nossa obediência a Deus e a Seu projeto; é festa de perpétua libertação que temos que celebrar para agradecer e evitar futuras recaídas no esquecimento da Aliança (Heb.2,3,11-12). Missão é sair de si e ir ao encontro dos irmãos para acordar os adormecidos na fé, para interessar os desanimados na caminhada salvadora, para motivar os desinteressados, para despertar os distraídos de seus deveres batismais; é ajudar a levantar os caídos em pecado, é ousadia de bater à porta dos que viraram as costas a Cristo (Gal.1,6-8). Missão é trabalho que tem recompensa garantida (Mc10,29). E nunca esquecer: é contínuo esforço de identificação com Cristo, em cada um de nós!

SABER E DEIXAR ESTAR!

     O cristianismo é bonito quando invade toda a vida. Se aceite apenas como amostra, é inútil. Se lhe seqüestram apenas um ou outro pormenor, se não desce à totalidade da vida, se não o deixam descer do cérebro às outras faculdades... enfeite por enfeite, há por aí muitos enfeites menos mentirosos e mais cômodos. Com dificuldade deixamos que nos tirem a tranqüilidade. Tudo anda em alta rotação: a terra não pára, as estações sucedem-se, os tempos mudam, os fatos multiplicam-se, os jornais e telejornais depressa envelhecem. Nós, mesmo assim, gostamos de ficar nos nossos hábitos, na tranqüilidade dos nossos princípios. Numa palavra: gostamos que não nos encomodem. E, se aparece alguma crítica ou algum pregoeiro que desestabilize nossa prática quotidiana, que queira mexer com nossa consciência... logo colocamos nosso arsenal bélico em ação, montamos nossos mecanismos de defesa.

      Apreciamos imenso nossa desordem organizada. Valem muito nossos vícios justificados! Sempre foi assim. E aqui não é diferente. Quando, na igreja, se fala de princípios vagos, de doutrina geral, de teorias abstratas... tudo certo, tudo se reveste de comodidade. Todos ouvem e ficam sossegados. Não há cabeças a abanar, rostos a fazer caretas, acentos a ranger. A pregação passou por cima. Sobrevoou a realidade. Não incomodou, por isso, tem total concordância. Tudo vai ficar placidamente na mesma. Não se provoca divisões, não há apreciação negativa, as sensibilidades não são feridas, ninguém se sente machucado. A comunidade fica como que embalada no seu conforto, firme no seu velho proceder, confirmando o que não fez e devia fazer, o que devia pensar e não pensa, o que devia remover, mas deixa ficar. Mas quando o pregador desce ao terreno prático, entra no espaço da vida real, pica o comodismo, condena atitudes egoístas, fala de corrupção política, mexe em interesses mesquinhos... a reação é outra. Logo aparece uma montanha de sentenças, uma enxurrada de críticas mordazes, o pleno exorcismo de tudo que foi dito.

      Nesse dia (nem que o pregador tenha sido bem profeta!), tudo está errado, tudo sai condenado. Prefere-se mais facilmente o palavreado à Palavra, a generalidade ao concreto da conversão. Que ninguém toque no nosso jeitinho de viver! Falar de justiça social, fidelidade conjugal ou responsabilidade familiar, tocar o assunto da castidade no namoro e do bem comum na política? – Isso é crime! Sempre foi assim! “O padre só fala de política!” “A Igreja não tem nada que se meter nisso!” “Está sempre a exorbitar!” Como se a missão da Igreja fosse de ver e calar, de olhar e não ver, de ouvir e não escutar, de saber e deixar estar, de não dizer nada a ninguém! Como se Cristo tivesse vindo à terra para abençoar o diabo. Nota-se que em Chapadinha a dimensão comunitária da fé ainda não foi aceite. Nem vivida. E a dependência do poder econômico e do emprego público é muito grande. Falta aqui gente e esforço de iniciativa própria, de compromisso com o desenvolvimento, trabalho de promoção social e... menos dependência da “ajudinha pública”, da Bolsa Família, da agricultura de sobrevivência, da corrupção política.

O PERIGO DAS ONDULAÇÕES HISTÓRICAS QUE NOS CHEGAM!

     Gosto de ir à beira mar. Aprecio imenso ficar olhando a imensidão da água e, ao entardecer, extasiar-me com o sol poente mergulhando, ao desaparecer muito devagar, lá longe, na distância das águas. Quando pequeno, parecia-me que o mar também comungava aquela roda grande parecida com a hóstia que o padre nos dava na igreja. Aprecio o movimento das águas e observo, admirado, o bater das ondas na praia. Mas, quando no Inverno, o mar galga as areias da praia e invade a rua fronteiriça, mete medo. E noutros lugares, ouve-se dizer, as gigantescas e teimosas ondulações fendem rochas, invadem cidades e afundam transatlânticos.

      Pude constatar essa força quando viajei a primeira vez para Moçambique e, no encontro das águas do Oceano Atlântico com o Índico, o barco em que viajava com cerca de 800 passageiros apanhou uma tempestade enorme. E ainda sabemos que há correntes e vagas de fundo que, embora não se possam observar, têm imensa influência no aquecimento das águas e no clima geral. Mas estou falando destas coisas, porque comparo tudo isto ao que se passa na nossa vida. Andamos embalados pelas ondas de cada momento. Nosso pensamento e sensibilidade dependem muito das vagas de notícias que nos chegam, dos interesses de quem domina: ora somos convidados a uma euforia, ora a uma angústia que nos afunda na tristeza.  Sentimos uma atração enorme pelos noticiários televisivos. Todos os dramas que acontecem à distância ou na esquina da rua em que habitamos invadem nossa privacidade. Nossa vida, nossos valores... são influenciados pela onda noticiosa que o mundo nos envia. 

Temos o coração hipotecado aos fatos, aos discursos de líderes, à necessidade de solidariedade para com as famílias sem teto, a criança violentada, o velho abandonado, o frágil injustiçado, o jovem esquecido... Sofremos ao saber que uns tudo têm, amontoam cada vez mais e a outros lhes falta o necessário para sobreviver. Vivemos uma hora complexa da História da Humanidade. Não é uma época com mudanças, mas uma mudança de época. Com o mesmo à vontade se defende a guerra e se engrandece a paz, se valoriza a vida e se justifica o aborto, se aprecia a fidelidade conjugal e se promove a libertinagem sexual, se trabalha pela justiça e se legisla a favor da arbitrariedade, se deseja a verdade e se vive na corrupção, se exige transparência na administração pública e se deseja acabar com a investigação do Ministério Público, se fala em criar condições para prender o homem à terra e se mandam construir milhares e milhares de casas na zona urbana... Tudo complexo demais! Numa sociedade assim, algo precisa ser equacionado na escala dos valores. A escola tem que ensinar mais que juntar letras e fazer contas. Assistimos a uma série de aberrações que exigem que nos firmemos em opções sérias e conscientes. Quem oscila ao sabor do que lhe chega ou se deixa envolver por todas as vagas tendenciosas que lhe tocam... nunca espere sossego ou felicidade duradoura.

NOTICIÁRIO DA PARÓQUIA
  
          1-No momento que escrevemos este noticiário, está decorrendo o primeiro retiro de preparação para as Santas Missões Populares na Paróquia. Muita participação (cerca de 700 pessoas) e grande entusiasmo. Como Assessor veio o Rev.do P. António, Pároco de Lima Campos, onde já se realizaram as Santas Missões Populares há 17 anos. De notar o extraordinário colorido que dezenas de bandeiras, representando comunidades da cidade e do interior, apresentam na assembléia. O retiro está a ser coordenado por um secretariado constituído por membros de comunidades da cidade. Hoje, sábado e amanhã, domingo, toda esta gente vai comer no Centro ao meio dia, comida essa que está sendo preparada por uma equipe na cozinha do Centro Novo.
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       2-  Domingo, vamos começar às 05.00H com uma caminhada que terminará na Matriz com a celebração da Eucaristia. Só vai haver missa na Matriz à noite. Nos bairros não vai haver celebração da Eucaristia.
     A construção da igreja de S. José está caminhando para o fim. Acabou-se de colocar o piso no templo e esta semana já se construiu o muro de proteção entre a igreja e o caminho que passa ao lado. Na próxima semana vai-se fazer o piso do acesso à igreja dentro do pátio e começar a rebocar a casa que serviu de almoxarifado e que vai servir de salas de catequese. Está também combinado com o pintor Êxodo fazer as imagens na frente do templo que vai ser consagrado ao Espírito Santo.
   
    3- A Inauguração da igreja de S. José, onde a Paróquia gastou mais de R$250.000,00, vai ser inaugurada no próximo dia 5 de Maio, à tarde, pelas 16.00H. Desde já convidamos comunidades e pastorais e a população em geral para participar. O grupo de pessoas que se reúne lá e que vai ser constituído em comunidade cristã se está preparando para o ato.

4 4- P. Neves viajará para Portugal logo após a inauguração da igreja de S. José. Impressionante o vasto e generoso ramalhete de boatos que surge quando o Pároco se ausenta. Muitas pessoas têm perguntado se ele vai e não volta. Tudo isso é boato. P. Neves vai tratar de sua saúde e ter um tempo de descanso com seus irmãos em Portugal. Se Deus quiser, estará de volta em fins de Junho para começar os preparativos do festejo da Padroeira que este ano tem que superar todos os outros que se têm realizado. Mas superar na participação e beleza espiritual de todos. Não nos pronunciamos contra o Carnaval nem contra as festas religiosas. Mas juntar as duas coisas não pode ser. Queremos uma festa da Padroeira que nos leve a imitar Maria, a grande discípula e missionária de Jesus.

   5-  Muita literatura se tem feito a comentar os 100 primeiros dias de administração da nova Equipe Municipal. Sabemos que a nível nacional, os produtos estão todos subindo e o comércio foi influenciado. Não se pode atribuir à mudança de Governo no Município tudo isso, embora a mudança do dia de pagamento pode ter freado, por enquanto, as compras. Vemos boa vontade em melhorar situações que estavam caóticas, mas, por exemplo, no Hospital e na Educação, as coisas ainda não estão como se querem. O blog da transparência está sem explicações. Também piorar mais do que estava seria um pouco impossível! Agora é preciso dar prioridade ao trabalho e descer do palanque da política, opção que ainda não se viu.

    6- Embora o Pároco não tenha participado da audiência realizada na Câmara sobre a lei que querem fazer, proibindo o Ministério Público de fazer investigações, somos contra essa lei. Políticos vêem que Ministério Público está a incomodá-los e então querem retirar-lhe o poder de investigar. Quem não deve não teme. Somos, absolutamente, contra a criação dessa lei e vamos pedir a participação de todos num baixo-assinado contra. Mas em Chapadinha os senhores Promotores deviam aparecer mais a público, se integrar na sociedade.

   7- Estamos pensando e pedimos a opinião de todos sobre alugar ou não a antiga casa das Irmãs da Caridade para uma Secretaria Municipal. A casa está vaga esperando que o Senhor Bispo decida ou não vir para Chapadinha. Mas continuar vazia por mais tempo, estraga-se demais. A casa precisa de urgente arranjo e talvez seja melhor alugá-la. Pedimos opiniões.

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